domingo, 16 de setembro de 2007

Não me causou espanto, nem perplexidade, matéria publicada no Jornal Zero Hora, Reportagem Especial, página 5, do dia 14 de janeiro de 2007. Matéria em questão, revela o ranking das cidades mais violentas no estado do Rio Grande do Sul. Lá está Montenegro, entre roubos, homicídios, lesões corporais e furtos. Em roubos, Montenegro é a vigésima oitava colocada, em Homicídios é a vigésima nona, em lesões corporais é a vigésima terceira e em furtos a décima colocada.
Qual fenômeno brinda nossa cidade entre as "mais-mais"? Depois de duas décadas de domínio completo do neoliberalismo, hegemonia total do capital financeiro e do capital internacional, com suas perversidades sociais expostas, onde o povo começa a se dar conta de que seus problemas de pobreza, de desigualdade social, falta de terra, desemprego, falta de moradia e escola brotaram violentamente da noite para o dia. Sei que as verdades são muitas, e elas desafiam umas as outras, como dizia Harold Pinter, e esta é uma das verdades possíveis. Sei também que a verdade dói, mas dói muito mais o silêncio da mídia diante dos fatos. Azar dos fatos? Não! Precisamos dar um basta ao sufoco. Há que mobilizar pela democratização da comunicação social. Pelas rádios e televisões comunitárias. Precisamos de canais públicos que expressem livremente as opiniões populares.
Todos nós temos responsabilidades, ou a Dama-de-Ferro, Margaret Thatcher, a profetiza do neoliberalismo, estava certa quando afirmou que "não há sociedades, há apenas indivíduos"?
O capitalismo nada mais tem a oferecer, exceto mais destruição do meio ambiente. A célula familiar, o primeiro exemplo de sociedade, ensinado pôr mestres, em salas de aula, já foi detonada há muito. O capitalismo é um sistema de produção absolutamente desolador. O combustível que movimenta o homem, infelizmente, é o cifrão. O desejo do extremamente pobre é igual ao do rico, e quem não têm acaba tirando, roubando de quem têm, nada diferente dos poucos que muito têm as custas dos que nada têm! Há uma tristeza no ar que se respira. A pobreza têm uma cor e uma realidade muito triste! É imperativo gostar da alegria em sociedade. Nossa obrigação é transformar a sociedade, transformar a raiva e a inveja em comédia. Partilhando dons e bens seremos solidários.
"Conceda-nos Deus a bênção de tantos dons, livres de políticos que constroem para si o céu na Terra com a matéria-prima do inferno coletivo" (Frei Beto).

Um comentário:

BIROSCA DO MACHADO disse...

Prá mim também não é novidade, espero que o PT tenha um projeto de governo que mude esta triste realidade. Vitor