quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

ÁRVORE...

De repente fostes por todos notada
Tamanha sombra produzias no forte calor
e sol causticante.
No meu abandonado quintal crescestes forte e rijo,
Tinhas um tronco poderoso, esbelto, de escaladas difíceis.
Galhos firmes, que serviram de morada para os pássaros
e balanços da gurizada.
No outono, sem saber como, conservavas as folhas.
No inverno, agasalhavas do vento frio e gelado.
Eras uma muralha enfrentando o Minuano.
Na primavera, era grande e perfumado o número de flores
Com que enfeita-vás nossas vidas
Com intenso perfume.
Com muita dor
Vi outro dia instalar-se no teu existir a fatalidade.
Teu tronco, antes forte, agora era possuído por uma estranha doença.
Teus galhos, antes saudáveis, começaram a enfraquecer
Deixando cair a quase totalidade das folhas.
Pouco a pouco as flores murchavam
Perdias o doce perfume da beleza escassa.
Um frio gelado e mortal sentiu-se em plena estação das flores...
(MAC)

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