segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

A INVEJA

Misteriosa
esconde o agente ativo
é a negação do saber viver
inescrupulosa
O que lhe está destinado
não lhe basta
quer o inerente
a cada um de nós
Não lhe interessa a fome
que abate os mais pobres
a peste cruel
que dizima o homem
as aflições
de um coração apaixonado
Só lhe interessa o brilho da inteligência
dos outros
o sucesso dos outros
o carisma dos outros
a vitória dos outros
Rumina feito animal feroz
por incompetência late
quando a caravana bem sucedida passa
Não tem nem coragem de vir à tona
bater no peito e dizer:
- Eu sou a inveja!
Esta sempre enrustida
predicado pusilânime
Acha que a todos está enganando
e levando vantagem em tudo
Lá vem ela traiçoeira
com jeito de quem tem mel
mas sua língua é de fel
Institucionalizada burocratizada
incorporada ao ser humano
Como consequência
de ilustre prostituta
temos censura
recebemos avisos
derramam ameaças
obsequeiam calúnias
ditam intimidações
definem proibições
tramam espancamentos
Aí temos ternura
temos morte

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