Café
Artigo do oncologista Dr. Stephen Stefani
Autor: Dr. Stephen Stefani
Fonte: Dr. Stephen Stefani
Artigo do oncologista Dr. Stephen Stefani
Em
1727, o oficial português Francisco Palheta trouxe da Guiana Francesa
através do Pará as primeiras mudas de café para o Brasil. A relação do
Brasil com o café desde então – portanto há mais de 280 anos - é de uma
fidelidade imensa. O Brasil passou a ser o maior país produtor e
exportador de café do mundo, e segundo maior mercado consumidor. Não é
por outra razão que desde 2005 o produto tem uma data só sua,
incorporada ao Calendário Brasileiro de Eventos: 24 de Maio – Dia
Nacional do Café. O fato é que 95% dos brasileiros acima dos 15 anos
consumem ao menos uma xícara diariamente.
São várias as razões que explicam o
sucesso do café. Primeiro, porque desperta e anima, dá sensação energia e
vitalidade. Parar para tomar um café é sempre uma saudável pausa e tem
significado social histórico. Em eventos profissionais, o famoso coffe
break é a hora da troca de cartões e de discussões com menos
formalidade.
O ideal seria – finalmente – que o café
fizesse bem a saúde. O tema, volta e meia, é avaliado em estudos
científicos. Recentemente, publicado na prestigiada revista médica New
England Journal of Medicine, um estudo com mais de 400 mil pessoas
mostrou uma relação inversa entre consumo de café e risco de morte por
doença cardíaca, respiratória, acidentes, diabetes e infecções. O
trabalho foi feito com base em um questionário aplicado em cerca de
230.000 homens e mais de 170.000 mulheres, que tinham de 50 a 71 anos. O
consumo de 3 xícaras por dia reduziu, conforme a publicação, 10% risco
de morte. Os resultados mostraram ainda que quanto maior o consumo de
café, menor o risco de morte por estas causas.
Interessante reforçar que, infelizmente, o hábito pode estar relacionado ao tabagismo. Neste contexto, conforme o mesmo estudo descreve, o benefício é anulado. As eventuais vantagens que o café podem trazer somente são evidentes naquelas pessoas que não fumam e não tem outros hábitos prejudiciais a saúde.
Interessante reforçar que, infelizmente, o hábito pode estar relacionado ao tabagismo. Neste contexto, conforme o mesmo estudo descreve, o benefício é anulado. As eventuais vantagens que o café podem trazer somente são evidentes naquelas pessoas que não fumam e não tem outros hábitos prejudiciais a saúde.
Do ponto de vista essencialmente
científico, não podemos afirmar definitivamente que o café aumenta o
tempo de vidas das pessoas, até porque estes mecanismos não estão bem
esclarecidos. Os dados nos permitem, entretanto, tomar o cafezinho sem
muita culpa. Até o momento, se pessoa se sente bem com consumo razoável
de café, não deve estar fazendo mal para sua saúde.
Autor: Dr. Stephen Stefani
Fonte: Dr. Stephen Stefani
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