sexta-feira, 28 de outubro de 2011

OAB e a decisão do STF

"Se professores de direito também fossem submetidos a exames, se universidades e centros universitários submetidos a avaliação, se as pessoas pudessem opinar com bom senso, sem radicalismos inconsequentes e genéricos, se todos pudessem realizar uma autocrítica coerente, se os hipócritas não buscassem seduzir com falsos discursos (talvez esse que estou realizando), se doutores, mestres, juízes, promotores, defensores e advogados fossem seguidamente avaliados, retirados de seus castelos intangíveis de presunção e arrogância, se o próprio sistema jurídico finalmente atingisse alguma condição efetiva de justiça que deixaria de ser apenas mito, bem se isso tudo fosse possível, aí até mesmo a prova da Ordem poderia se justificar, mas como nada disso acontece, ela é imoral, pois não está em jogo atitudes de alunos, saídas de sala de aula, mas a qualidade de tudo aquilo que não ensinamos na produção do conhecimento que a grande maioria dos professores, aparentemente, mascaram com qualidade. É inútil a discussão, pois os imorais de plantão justificam a sua própria incapacidade em reconhecer que a CF não é um livro sagrado, sendo assim, é limitada, desigual, contraditória e, ao final, a exigência sempre recai sobre os que são de uma ou outra forma, hipossuficientes."

(ANTÔNIO MARCELO PACHECO - Professosor de direito)

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